Edith Derdyk passeia por muitos suportes carregando uma série
de questões fundamentais, não só para a arte, como também para a vida. A linha,
bidimensional no desenho, tridimensional na costura e em suas instalações onde
estica a linhas no ar, adquire na escrita uma quarta dimensão que é o tempo,
como a própria Edith mostra: “escrevo como costuro. Costurando, ligando,
furando, recortando, costurando pensamentos e tudo mais”.
Na exposição Linha de Costura, Edith Derdyk apresentará trabalhos inéditos como
o vídeo Folego, realizado em parceria com Raimo Benedetti, que apresenta o ir e
vir das folhas de papel formando imagens fluidas que se mostram como um livro
aberto desfolhando em frente aos leitores, onde a linha surge como o espaço que
existe entre as folhas, entre as coisas, entre os vãos; o
livro-objeto Em deslize, que também trabalha com as possibilidades da folha de
papel como espaço poético instigando os leitores a decifrá-lo na medida
que a forma-livro ressurge como possibilidade coreográfica na medida
em que o leitor torna-se co-autor, na medida que em pode reconstruir
narrativas a partir de sua manipulação e Buraco Negro, composto de uma
série de 20 desenhos, resultantes de impressões que se sobrepõem em cima de
folhas de anotações da artista com textos de seu computador, textos
poéticos, teóricos, burocráticos......gerando manchas, texturas, massas
ilegíveis e assim aludindo a origem da palavra texto: tecer, textura .
Lançamento do livro "Linha de Costura", de Edith Derdyk, na Galeria Livrobjeto, que fica na sede da C/Arte.
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