O Guto Lacaz está com um site novo, com muito material que eu desconhecia. Tem a produção de Artes Plásticas, que inclui os objetos, instalações e performances (este foi meu primeiro contato com sua obra, nas páginas da revista Chiclete com Banana, nos anos 80) e uma parte Gráfica, com logotipos, cartazes, livros.
terça-feira, 31 de março de 2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
domingo, 29 de março de 2009
Marcel Broodthaers
Marcel BROODTHAERS: Mademoise. 1986. Artist book. 42 pages, text and drawings reproduced in facsimle. Bound with a ribbon. 20.8x14.6 cm. Galerie Laage-Salomon, Paris, 1986. Edition of 300 copies. 1st edition of the original manuscript by M. Broodthaers written in Dusseldrof in 1972.
Este livro de artista não possui imagens, a não ser as evocadas pelo texto. É um livro auto-referente que só pode ser decodificado pela leitura do livro inteiro para encontrar a informação necessária e entender as referências. Parece um caderno de criança, com páginas pautadas e uma escrita arredondada. Travessuras aparecem em todas as páginas. Na primeira, um elefante deixou uma mancha, na segunda, o número da página foi escondido ou roubado por outro inseto ou animal, e a terceira página está vazia (exceto pelo texto explicativo) porque a jibóia que estava lá escapou através de um buraco no papel feito pelo rato que estava na página quatro. Um crocodilo comeu a página seis e na página sete uma abelha sai voando e continua até a página catorze. Todas as explicações para os problemas são baseadas na atitude de Broodthaers de tomar o livro literalmente como um objeto espacializado, que serve de suporte para a atividade destes bichos. (de acordo com a Johanna Drucker, p 183, The Century of Artists´Books.)
sábado, 28 de março de 2009
Lucia Marcucci
quinta-feira, 26 de março de 2009
terça-feira, 24 de março de 2009
Arrigo Lora Totino
colagem, 70,5 x 101 cm
(Acervo do Museo di arte moderna e contemporanea di Trento e Rovereto)
segunda-feira, 23 de março de 2009
Octavio Paz
DECIR:HACER
(a Roman Jacobson)
Entre lo que veo y digo,
entre lo que digo y callo,
entre lo que callo y sueño,
entre lo que sueño y olvido,
la poesia.
Se desliza
entre el sí y el no:
dice lo que callo,
calla lo que digo,
sueñalo que olvido.
No es un decir:
es un hacer.
Es un hacer
que es un decir.
La poesia se dice y se oye:
es real.
Y apenas digo
ES REAL,
se disipa.
Así es más real ?
Idea palpable,
palabraimpalpable:
la poesia va y viene
entre lo que es
y lo que no es.
Teje reflexos
Y los desteje.
La poesia
siembra ojos en la página,
siembra palabras en los ojos.
Los ojos hablan,
las palabras miran,
las miradas piensan.
Oír
los pensamientos,
ver
lo que decimos,
tocar el cuerpo de la idea.
Los ojos se cierran,
las palabras se abren.
(a Roman Jacobson)
Entre lo que veo y digo,
entre lo que digo y callo,
entre lo que callo y sueño,
entre lo que sueño y olvido,
la poesia.
Se desliza
entre el sí y el no:
dice lo que callo,
calla lo que digo,
sueñalo que olvido.
No es un decir:
es un hacer.
Es un hacer
que es un decir.
La poesia se dice y se oye:
es real.
Y apenas digo
ES REAL,
se disipa.
Así es más real ?
Idea palpable,
palabraimpalpable:
la poesia va y viene
entre lo que es
y lo que no es.
Teje reflexos
Y los desteje.
La poesia
siembra ojos en la página,
siembra palabras en los ojos.
Los ojos hablan,
las palabras miran,
las miradas piensan.
Oír
los pensamientos,
ver
lo que decimos,
tocar el cuerpo de la idea.
Los ojos se cierran,
las palabras se abren.
domingo, 22 de março de 2009
Beto Shwafaty
Trabalhos da série "Reevaluating Media", 2008. Outros trabalhos da série foram publicados nesta revista, com comentários sobre o consumismo e contra-propaganda: http://www.itch.co.za/?article=81
sábado, 21 de março de 2009
Jirí Kolar
Praga, 1966
24,3 x 17,2 cm, [40] p.
Coleção Arrigo Lora Totino, Torino
Na página à esquerda, poema em homenagem a Lucio Fontana. Na outra página, um poema com as letras do nome Mondrian formando um desenho. O livro inteiro foi composto em uma máquina de escrever. Um dos trabalhos mais bonitos é um poema com o nome de Albers que assume a forma de uma pintura da série Homenagem ao Quadrado.
Albers
Brancusi
Pollock
sexta-feira, 20 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
terça-feira, 17 de março de 2009
Giovanni Anselmo
Lire, 1996
A work devoted to the visual properties of the printed word. Taking the simple word, lire (read), Anselmo varies the size and scale on the page until a progression is established. As you flip through the book the word becomes smaller and then gradually larger and larger until the book concludes with a completely black page where the word is no longer readable. 80pp, 21×16cm, pbk, printed offset. Imshoot, Uitgevers for Affinites Selectives, Ghent, Belgium (1990)
sexta-feira, 13 de março de 2009
Glauco Mattoso
Jornal Dobrabil
Alguns excertos do Jornal Dobrabil, publicados na revista 34 Letras:
A obra é um roubo. O leitor é um bobo. O autor é um ladrão. A autoria é uma usurpação. A criação é uma fraude. Criatividade é repertório. Imaginação é memória. Idéia não é propriedade. (número 2, 1977)
UM JORNAL SEM NOVIDADES. JD não é o primeiro a dar as últimas, nem o último a dar as primeiras. JD só dá matéria de segunda mão, embora com segundas intenções. O único furo do JD é de tanto bater. Que o digam o seu vizinho direito do datilógrafo, o "o" minúsculo e o caralho. JD: SEMPRE NA MESMA TECLA. (número 16,1977)
JD não se responsabiliza pelos conceitos assinados. Aliás, JD não se responsabiliza nem pelas assinaturas... JD: O JORNAL QUE ASSINA O LEITOR. (número 19,1977)
"Entrei na de vocês e estou mandando uns pensamentos que surrupiei do Pascal. Quem sabe vocês conseguem contrabandeá los como produto marxista." Luiz Carlos MacieI, Rio, RJ.
(Mas quem disse que queremos impingir Pascal por Marx? Isto, por exemplo "É muito melhor conhecer algo acerca de tudo que tudo acerca de uma coisa só: o universal é sempre melhor." só tem graça se for assinado por Rockefeller. Marx assinaria melhor algo como "É preferível ser dono de um valentão que escravo de dois." Pedro o Podre) (número 19,1977)
A crítica é a arte de avaliar a arte. Como a arte não vale nada, a crítica é inútil. Sendo inútil, é necessariamente uma arte e igualmente importante. Dar lhe a devida importância consiste, pois, em não levá-la a sério. (número 15, 1977)
Glauco Mattoso é poeta, ensaísta,ficcionista e desenhista. Seus últimos livros publicados são: Rockabillyrcy, de 1988 (poesia); A estrada do roqueiro: raízes, ramos & rumos do rock brasileiro, de 1988 (ensaio); As solas do sádico, de 1990 (ficção); As aventuras de Glaucomix, o pedólatra, de 1989, em parceria com Marcatti (história em quadrinhos).
quinta-feira, 12 de março de 2009
Raul Pederneiras
O caricaturista carioca Raul Pederneiras (1874-1953) é o autor destes onomatogramas, figuras formadas pelos nomes de pessoas. Imagens publicadas na excelente revista tupigrafia, em sua quinta edição. No acervo da Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, tem uma palestra dele: O desenho da palavra, conferência pronunciada na Biblioteca Nacional, em 18 de dezembro de 1917, sobre estética da escrita.
quarta-feira, 11 de março de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
domingo, 8 de março de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
Carmela Gross
Os carimbos de Carmela - Walter Zanini 1/1/1978
As perspectivas abertas para uma investigação nos limites entre o signo e a escritura caracterizam agora a atividade de Carmela Gross, sobrepondo-se às consecutivas e interdependentes fases anteriores marcadas por um apurado espírito construtivo. Essa obra passada desenvolvera-se numa atmosfera ascética - quase impertubada pela necessidade da comunicação - variantes morfológicas que ressaltavam a tendência constante ao estudo do espaço por um ajuste de soluções gráficas e texturalidades. Embora o rigor esquemático das organizações geométricas então obtidas, a desenhista infiltrava valores menos determinados, que são específicos, da sensibilidade, fazendo surgir exíguas mutabilidades nas suas séries de representações sincrônicas. Dessa pesquisa precedente transfere-se para o atual estado o elemento fundamental da repetição da imagem. A situação é, entretanto, drasticamente diferenciada pela natureza e função dos novos agentes frequentadores de seu espaço: sinais gráficos idênticos e alinhavados na forma de campos unitários de leitura. Estes signos são previamente desenhados para reprodução através do carimbo - um dos média (ou submédia) de mais rápida expansão na área de criatividade oposta à arte institucionalizada. Normalmente manipulado para fins burocráticos, a autora serve-se de sua praxis - a automatização do gesto - para a definição da uniformidade da leitura sígnica. Dentro das muitas alternativas mudialmente exploradas pelas poéticas semióticas, nota-se que Carmela Gross obedece antes de mais nada a uma problemática própria derivada de sua densa e continua reflexão das qualidades imanentes do desenho. É atualmente alguém que se envolve profundamente no comportamento da arte como linguagem e que, operando no plano dos multimedia, vale-se não apenas de amplos espaços de papel, onde respira a sua ideografia (para ser vista na forma de uma frisa), mas ainda utiliza a veiculação da mensagem pelo caderno. É verossímel que o VT, onde tem realizado experiências, será uma outra extensão de seu processo. A sensibilização estética que denota nos caracteres homológicos de significantes/significados de seus carimbos pode despertar ricas reações de descoberta na disponibilidade mental do receptor.
ZANINI, Walter. Os carimbos de Carmela. Folha de S. Paulo, São Paulo, 09 de julho de 1978. (disponível no site da artista).
quarta-feira, 4 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
Seth Siegelaub
New York, NY : Seth Siegelaub, 1969
artists' book ; wrappers ; offset-printed ; staple bound ; black-and-white ; 21.5 x 17.5 cm. ; [32] pp.
artists' book ; wrappers ; offset-printed ; staple bound ; black-and-white ; 21.5 x 17.5 cm. ; [32] pp.
A exposição que se realizou apenas no catálogo, durou apenas um mês. Esta é a capa do livro/catálogo de 1969, parecendo um calendário. Cada artista recebeu uma página, e o editor manteve em branco a página reservada ao artista que não enviou trabalhos.
Exhibition catalogue for exhibition that did not take place outside the printed catalogue. I.E. a purely conceptual exhibition. This time, he invited 31 contemporary artists (one for each day of the month of March 1969) to contribute a "work". What he got is what he printed, therefore a number of pages are blank. The contributions vary widely and wildly: Robert Barry, for example, promised to release two cubic feet of helium into the atmosphere sometime in the morning of the fifth; Stephen Kaltenbach submitted a series of philosophical statements about art; and Dewain Valentine described the creation of a Light Slab with Klieg lights in Central Park. Each artist was provided with a single page within the catalogue, representing a single day in the month of March 1969. Contributions are strictly text-based. Includes "works" by Terry Atkinson, Michel Baldwin, Robert Barry, Rick Barthelme, N.E. Thing Co., James Lee Byars, John Chamberlain, Ron Cooper, Barry Flanagan, Alex Hay, Douglas Huebler, Robert Huot, Stephen Kaltenbach, Joseph Kosuth, Christine Kozlov, Richard Long, Robert Morris, Claes Oldenburg, Dennis Oppenheim, Alan Ruppersberg, Robert Smithson, Dewain Valentine, Lawrence Weiner, Ian Wilson. Conceived / curated by Seth Siegelaub. Reference: "Six Years : The Dematerialization of the Art-Object from 1966-1972," Studio Vista, London, 1973, pp. 79-80.
domingo, 1 de março de 2009
Roman Cieslewicz
Esta colagem, feita com uma foto da pedra de rosetta, é do conhecido cartazista polonês. Ele tem uma grande produção de colagens e fotomontagens, que são menos conhecidas.
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