Este é um livro de artista formado por figuras femininas desenhadas com poucos tipos (letras, números e sinais). As figuras são evocadas, como em um poema, mais do que descritas.





A associação entre corpo e escrita é uma alusão ao erotismo que aparece em muitas obras de artistas surrealistas, como as fotografias de
Man Ray (1890–1976). Utilizei como modelo as
pin ups, que serviram de inspiração para os pintores do pós-guerra, notadamente artistas da pop art. O detalhe anatômico ampliado é comum nas pinturas que fazem parte da série “o grande nu americano”, de
Tom Wesselman (1931-2004).
Alguns dos desenhos desta série são parecidos com pinturas em preto e branco recentes de
Julian Opie (1958), em que a simplificação da figura humana o leva a desenhar com um contorno grosso.
Ver também
The erotics of type