sexta-feira, 30 de maio de 2008
desdobráveis
A idéia de utilizar letras simétricas surgiu do estudo da história do alfabeto e do seu desenvolvimento como escrita bustrofédon, em que as palavras seguem o caminho do boi arando, uma linha deve ser lida da direita para a esquerda, e a seguinte da esquerda para a direita. Para facilitar a continuidade da leitura, houve a necessidade de letras que pudessem ser lidas nos dois sentidos.
As letras foram seccionadas nos eixos vertical e horizontal. O livro foi organizado pelo arranjo das letras, pela combinação de seus fragmentos utilizando figuras de retórica como a inversão, a reversão de caracteres e sua reorganização. Em cada página uma das metades da letra é impressa, em um jogo com o espaço do papel. Colocar uma metade da letra no limite da página faz pensar que a outra metade está na página seguinte, mas quando aparece em outra posição, a superfície se torna ativa.
Com este trabalho, participei da Mostra Internacional de Poesia Visual e Livro de Artista que aconteceu na Argentina. Aqui tem um diagrama que mostra como montar um livreto de oito páginas utilizando um corte e dobrando uma única folha. Por isso o nome, qualquer livro neste formato pode ser desdobrado e voltar a ser uma folha de papel.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Caracteres Japoneses
Anselm Kiefer
quarta-feira, 28 de maio de 2008
terça-feira, 27 de maio de 2008
Mostra de Cartazes
O curador Paulo Moretto selecionou entre sete mil peças pertencentes a acervos de museus e entidades culturais, 150 cartazes que, ao anunciar filmes, teatros e espetáculos, apontam a gráfica brasileira dos últimos 50 anos.
De 29 de abril a 8 de junho de 2008, no Instituto Tomie Ohtake
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Tifinagh
domingo, 25 de maio de 2008
Roy Lichtenstein
68 x 56 1/8 inches.
Solomon R. Guggenheim Museum, Gift of the artist, 1997
© Estate of Roy Lichtenstein. 97.4565.
Esta foto peguei de um site que tem vários links para quem quer conhecer a obra de Lichtenstein, inclusive para o site da fundação que leva seu nome.
sábado, 24 de maio de 2008
Adrian Frutiger
O tipógrafo fez hoje 80 anos. Criador da fonte Univers e da fonte que leva o seu nome. Fiquei sabendo via swisslegacy.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Francisca Prieto
Robert Smithson
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Arnaldo Antunes
No site do Arnaldo Antunes, estes e outros exemplos de caligrafia, além de alguns poemas visuais. Tem também um texto dele a respeito de caligrafia. Um trecho do texto:
"O atrito entre o sentido convencional das palavras (tal como estão no dicionário) e as características expressivas da escritura manual abre um campo de experimentação poética que multiplica as camadas de significação".
quarta-feira, 21 de maio de 2008
terça-feira, 20 de maio de 2008
Mary Ellen Solt
sábado, 17 de maio de 2008
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Maio de 68
Foi publicado em abril deste ano um livro (Mai 68: L'affiche en héritage) com mais de duzentos cartazes. Uma resenha do livro pode ser vista aqui. Abaixo uma imagem do atelie:
Aqui tem um texto que fala da origem deste símbolo da luta popular.
O cartaz abaixo foi produzido por ocasião de uma exposição de cartazes de maio de 68.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Laszlo Moholy-Nagy
Tem um comentário a respeito desta obra no livro do Simon Morley, "Writing on the wall". Leitura obrigatória.
Velimir Khlébnikov
O ÚNICO LIVRO
Vi que os negros Vedas,
o Evangelho e o Alcorão,
mais os livros dos mongóis
em suas tábuas de seda
- como as mulheres calmucas todas as manhãs -
ergueram juntos uma pira
de poeira da estepe
e odoroso estrume seco
e sobre ela pousaram.
Viúvas brancas veladas numa nuvem de fumo,
apressavam o advento
do livro único,
cujas páginas maiores que o mar
tremem como asas de borboletas safira,
e há um marcador de seda
no ponto onde o leitor parou os olhos.
Os grandes rios com sua torrente azul:
- o Volga, onde á noite celebram Rázin;
- o Nilo amarelo, onde imprecam ao Sol;
- o Yang-tze-kiang, onde há um denso lodo humano;
- e tu, Mississípi, onde os ianques
trajam calças de céu estrelado,
enrolando as pernas nas estrelas;
- e o Ganges, onde a gente escura são árvores de ciência;
- e o Danúbio, onde em branco homens brancos
de camisa branca pairam sobre a água;
- e o Zambeze, onde a gente é mais negra que uma bota;
- e o fogoso Obi, onde espancam o deus
e o voltam de olhos para a parede
quando comem iguarias gordurosas;
- e o Tâmisa, no seu tédio cinza.
O gênero humano é o leitor do livro.
Na capa, o timbre do artífice -
meu nome, em caracteres azuis.
Porém tu lês levianamente;
presta mais atenção:
és por demais aéreo, nada levas a sério.
Logo estarás lendo com fluência
- lições de uma lei divina -
estas cadeias de montanhas, estes mares imensos,
este livro único,
em cujas folhas salta a baleia
quando a águia dobrando a página no canto
desce sobre as ondas, mamas do mar,
e repousa no leito do falcão marinho.
1920
(Tradução de Haroldo de Campos)
mais poemas deste grande poeta russo podem ser encontrados aqui.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Barbara Kruger
Um site com imagens, biografias e informações foi feito por um fã. Alguns trabalhos aqui apresentados fazem parte da coleção do MoMA. Tem até um site que ironicamente ensina a fazer um design like barbara.