
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Aloísio Magalhães

Um fragmento do livro a respeito da obra de Aloisio pode ser acessado aqui

quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Josua Reichert

Abaixo, trecho do texto no catálogo da Bienal:
A obra principal de 1966 é o “Álbum de Iniciais Russas”, uma série de 24 fôlhas, baseadas no alfabeto russo (catálogo no 17). Distinguem‑se das obras anteriores por uma disciplina ainda maior e pela desistência quase completa de empregar letras. São impressas quase exclusivamente com os revessos planos e rectangulares das letras de madeira. Composições elementares resultam de traves, rectângulos e quadrados coloridos. A maior disciplina formal vai acompanhada de um trato mais livre do tema. Os caracteres cirílicos formam apenas o esqueleto da figura artística, dêles deduzida, à qual comunicam simultaneamente algo de sacral e fantástico, vivo nas letras orientais. Da ordem firme formal irradia uma expressão viva, que se baseia exclusivamente na própria invenção. Com as suas formas claras e vivamente coloridas, encontram‑se estas composições como exemplos maduros e de grande maestria no meio de uma das correntes mais actuais da arte contemporânea. Mesmo assim fica completamente conservado o elemento pessoal ao qual o próprio Reichert deu o título mais adequado: poesia tipográfica.Herbert Pée
Catherine Zask

"Jusque-là j'ai coupé en quatre pour les quatre couches, les quatre lettres de Rome. Ce qui m'intéresse en fait, ce sont les temps du tracé. Donc pour un R, trois temps. Un trait, une boucle, un trait. Je prends un R. Je tranche les trois temps. Je les colle sur trois feuilles. J'obtiens enfin une tension, quelque chose qui me fait penser à une respiration. Trois morceaux qui visiblement sont liés, et dont la fraction produit comme une respiration entrecoupée. Trancher les temps au cutter est radical."

"D'autres R, écrits sur une seule couche et coupés en quatre, sont utilisés pour recomposer des signes. Mais, d'une part, je ne parviens pas à trouver un sens à ce que je fais, et d'autre part, je suis exaspérée par la séduction facile des bavures de l'encre… En même temps, l'encre est très pratique parce que ça va très vite."
Jacques Carelman
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Ana Bella Geiger

Obra feita a partir de um anúncio da década de 50.
(quem consultar o livro 100 anos de propaganda no Brasil vai encontrar o anúncio lá)
León Ferrari
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Dan Graham

Homes for America
"Homes for América" (1966) é uma espécie de ensaio formado por imagens e textos publicados na revista "Arts". É composto por 34 blocos de tamanho similar que contêm trechos de anúncios imobiliários, listas de preferências de cores de tinta para fachadas e fotos do exterior e do interior de casa típicas da arquitetura pós Segunda Guerra. (via Bienal SP)
Artur Barrio

Paris, 1979

quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Lygia Pape
Ele foi criado em 1959, durante o movimento neoconcreto. Eu experimentei todo tipo de linguagem: trabalhei com poemas, esculturas, pinturas, desenhos, fiz um livro com gravuras e poemas etc. Desenvolvendo essas idéias inventei o livro da criação, onde eu narrava a criação do mundo de forma não-verbal, sem palavras: só formas e cores. O livro é formado por unidades de 30 x 30 cm, e todas elas partem do plano para o espaço, quer dizer, à medida que se manuseia o livro você vai armando as estruturas e a "leitura" se faz através das formas coloridas. E é bom que se diga que logo de plano há duas leituras plausíveis: pra mim ele é o livro da criação do mundo, mas para outras pessoas pode ser o livro da "criação". Através de suas próprias vivências, um processo de estrutura aberta onde cada estrutura armada desencadeia uma "leitura" própria. Esse livro foi uma invenção original, onde a linguagem não-verbal determinava uma narrativa verbal. Ele contava uma estória, que emergia de sua própria estrutura, naturalmente.
depoimento de Lygia Pape, no livro editado pela Funarte em 1983.