sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Regina Silveira








Capa e algumas páginas do livro Anamorfa, de 1979
offset sobre papel Couché, formato de 14,5 x 21,5 cm, com tiragem de 100 exemplares.

Aloísio Magalhães


A informação esquartejada

Um fragmento do livro a respeito da obra de Aloisio pode ser acessado aqui

Aloísio Magalhães


Improvisação Gráfica
edição de O Gráfico AmadorRecife, déc. 50

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

escritas



Mel Bochner

self portrait

Language is not transparent, 1970

Remarks on color

Josua Reichert

O suíço apresentou este trabalho na Bienal de São Paulo em 1967. Formado por várias placas de madeira, faz parte do álbum "Russian Initialenbuch".

Abaixo, trecho do texto no catálogo da Bienal:
A obra principal de 1966 é o “Álbum de Ini­ciais Russas”, uma série de 24 fôlhas, basea­das no alfabeto russo (catálogo no 17). Dis­tinguem‑se das obras anteriores por uma disciplina ainda maior e pela desistência quase completa de empregar letras. São impressas quase exclusivamente com os re­vessos planos e rectangulares das letras de madeira. Composições elementares resultam de traves, rectângulos e quadrados colo­ridos. A maior disciplina formal vai acom­panhada de um trato mais livre do tema. Os caracteres cirílicos formam apenas o esqueleto da figura artística, dêles deduzida, à qual comunicam simultaneamente algo de sacral e fantástico, vivo nas letras orientais. Da ordem firme formal irradia uma expres­são viva, que se baseia exclusivamente na própria invenção. Com as suas formas cla­ras e vivamente coloridas, encontram‑se estas composições como exemplos maduros e de grande maestria no meio de uma das correntes mais actuais da arte contemporâ­nea. Mesmo assim fica completamente con­servado o elemento pessoal ao qual o pró­prio Reichert deu o título mais adequado: poesia tipográfica.
Herbert Pée

Schwitters

Catherine Zask

Catherine Zask :
"Jusque-là j'ai coupé en quatre pour les quatre couches, les quatre lettres de Rome. Ce qui m'intéresse en fait, ce sont les temps du tracé. Donc pour un R, trois temps. Un trait, une boucle, un trait. Je prends un R. Je tranche les trois temps. Je les colle sur trois feuilles. J'obtiens enfin une tension, quelque chose qui me fait penser à une respiration. Trois morceaux qui visiblement sont liés, et dont la fraction produit comme une respiration entrecoupée. Trancher les temps au cutter est radical."

Catherine Zask :
"D'autres R, écrits sur une seule couche et coupés en quatre, sont utilisés pour recomposer des signes. Mais, d'une part, je ne parviens pas à trouver un sens à ce que je fais, et d'autre part, je suis exaspérée par la séduction facile des bavures de l'encre… En même temps, l'encre est très pratique parce que ça va très vite."

Villeglé

Boulevard St. Germain

Descolagem, técnica inventada por Villeglé. O trabalho recebe o nome da rua onde se encontravam os cartazes que foram arrancados/rasgados para fazer a composição.

Jacques Carelman


Gare Saint Lazare

O Jacques Carelman é o cara do Catalogue d´objets introuvables, publicado aqui no Brasil como Catálogo de Objetos Inviáveis. Esta composição ilustra o livro de Raymond Queneau, Exercícios de Estilo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Joan Brossa




contos, 1986
poema-objeto




Burocracia.
poema-objeto

Ana Bella Geiger


Sobre a Arte, 1977
fotocópia sobre papel

Obra feita a partir de um anúncio da década de 50.
(quem consultar o livro 100 anos de propaganda no Brasil vai encontrar o anúncio lá)

León Ferrari


poema visual do argentino León Ferrari. Escrito em braile, a frase "ama o próximo como a ti mesmo" sobre xilogravura japonesa do séc. XVIII


Pedro Xisto

Zen, 1966

Este logograma de pedro Xisto apresenta uma simetria bilateral, que remete a um tipo de construção arquitetônica japonesa. No centro, as linhas formam o ideograma "sol". Um olhar menos atento demora para identificar o texto e vê apenas o desenho geométrico.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Pierre Albert Birot


torre feita com tipos de madeira

Antonio Gomes

poema de amor


Invasão

poema objeto

Christian Morgenstern


canção noturna dos peixes

Dan Graham


Homes for America

"Homes for América" (1966) é uma espécie de ensaio formado por imagens e textos publicados na revista "Arts". É composto por 34 blocos de tamanho similar que contêm trechos de anúncios imobiliários, listas de preferências de cores de tinta para fachadas e fotos do exterior e do interior de casa típicas da arquitetura pós Segunda Guerra. (via Bienal SP)

Artur Barrio

LIVRO DE CARNE
Paris, 1979

A leitura desse livro se fez a partir do corte / ação da faca do açougueiro na carne, as fibras seccionadas, as fissuras etc. etc., assim como as tonalidades e colorações diferentes. Para terminar é preciso não esquecer de falar das temperaturas, do contato sensorial (dos dedos), dos problemas sociais etc e etc ..................................................................................
.................................................. boa leitura.





quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Lygia Pape

página do Livro da Criação

Ele foi criado em 1959, durante o movimento neoconcreto. Eu experimentei todo tipo de linguagem: trabalhei com poemas, esculturas, pinturas, desenhos, fiz um livro com gravuras e poemas etc. Desenvolvendo essas idéias inventei o livro da criação, onde eu narrava a criação do mundo de forma não-verbal, sem palavras: só formas e cores. O livro é formado por unidades de 30 x 30 cm, e todas elas partem do plano para o espaço, quer dizer, à medida que se manuseia o livro você vai armando as estruturas e a "leitura" se faz através das formas coloridas. E é bom que se diga que logo de plano há duas leituras plausíveis: pra mim ele é o livro da criação do mundo, mas para outras pessoas pode ser o livro da "criação". Através de suas próprias vivências, um processo de estrutura aberta onde cada estrutura armada desencadeia uma "leitura" própria. Esse livro foi uma invenção original, onde a linguagem não-verbal determinava uma narrativa verbal. Ele contava uma estória, que emergia de sua própria estrutura, naturalmente.

depoimento de Lygia Pape, no livro editado pela Funarte em 1983.