Mostrando postagens com marcador ephemera. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ephemera. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Regina SIlveira


Pronto para morar, 1994

folheto distribuído pela artista Regina Silveira nos semáforos em São Paulo.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Nelson Leirner

Pague para ver
convite de exposição (cancelada pela galeria)

O texto que está impresso no verso do convite, e que motivou o cancelamento:

Consegui. Vinte anos de tentativas para finalmente chegar aonde queria: VENDA GARANTIDA, ARTE COMPROMISSADA, ARTE COMERCIAL PURA. Divulgo a fórmula:
 
1-PRODUTO: tem que ter certas características constantes. (Usei em todos os trabalhos o mesmo estilo, a mesma medida, a mesma moldura). A sociedade sempre quer reconhecer o autor, pois isto lhe dará uma dupla satisfação: a de não estar comprando gato por lebre e a de sentir-se altamente culta.
 
2-DIMENSÃO: quanto maior a dimensão do trabalho, maior o seu valor financeiro, sem esquecer o espaço médio da moradia do comprador. Os tamanhos mais vendáveis são acima de um metro e abaixo de um metro e cinqüenta. (Usei, como medida base, um metro e dez).
 
3-TABELA DE PREÇOS: nos trabalhos bidimensionais, temos um valor já preestabelecido em função dos materiais usados. Do mesmo autor, um trabalho a óleo vale mais que acrílico, que vale mais que aquarela, que vale mais que têmpera, que vale mais que bico-de-pena, que vale mais que lápis de cera, que vale mais que lápis de cor, que vale mais que grafite, e assim por diante. (Resolvi usar todos os materiais pois deve valer muito mais um trabalho que usa óleo, mais acrílica, mais aquarela, mais têmpera, mais bico-de-pena, mais lápis de cera, mais lápis de cor, mais grafite e outros materiais.
 
4-ESTÉTICA: o problema estético, apesar de secundário, também deve ser levado em conta. Nos dias de hoje a sociedade divide basicamente sua preferência entre duas tendências: o figurativismo, e o abstracionismo. No figurativismo, o fato do trabalho ser entendido lhe dá a sensação de aproximação com o artista, tornando-se seu cúmplice. Os que preferem o abstracionismo alegam que, ao sentir o artista, colocam-se mais perto de seu mundo mágico, tornando-se também seu cúmplice. (Agora terei todos como amigos: usei ambas tendências: o real e o imaginário).
 
5- O MARCHAND E A CRÍTICA: será uma festa completa. O marchand terá, através de suas comissões, pagos todos os investimentos, fora o lucro e a pseudo-sensação de mecenato. Os críticos continuarão com seus empregos garantidos através de suas reportagens, colunas sociais e trabalhos representativos dentro dos órgãos governamentais.
 
6- O ARTISTA: ele poderá sentar-se numa alta roda de jogadores, filar a última carta, apostar alto e esperar que paguem para ver




terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Ed Ruscha


Artforum. March, 1964.

[with Ed Ruscha's advertisement for Twentysix Gasoline Stations]


For a period of a couple years in the mid-1960s when Artforum was based in Los Angeles the magazine’s offices were in the same building where Ed Ruscha had his studio. Ruscha, who had trained as a commercial artist, occasionally worked for the magazine doing layout and design (he would appear under the name “Eddie Russia” on the masthead of a few issues). In the early years Artforum was perpetually on the edge of financial insolvency so in the March, 1964 issue Ruscha took advertising space in lieu of payment and used it to promote the first of his celebrated artists’ books, Twentysix Gasoline Stations, which he had published a few months earlier. The ad offers the book for $3 a copy. Upon publication Ruscha had sent a copy for inclusion in the Library of Congress’s collection, but the librarian who reviewed the submission, apparently nonplussed, declined to accept it and the book was returned. Ruscha, who has said that he wants his art to elicit a response of "Huh? Wow!", was delighted at this reaction and so his ad touts the book's "REJECTED" status as a primary selling point.  (http://www.6decadesbooks.com)