Uma seleção de capas de livros (a maioria utiliza apenas tipografia)
Todas as imagens foram copiadas daqui: http://www.evasion.cc/comments/100-design-books-covers/
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
Walter Hüne
Título: A Navalha na Carne
Autor: Plínio Marcos
Editora: Azougue Editorial
Data de edição: 2005 (a primeira edição é de 1968)
160 páginas
Preço médio: R$ 46,00
Palhaço de circo. Estivador. Funileiro. Essas foram algumas das funções
desempenhadas por Plínio Marcos antes de se transformar em um dos
maiores teatrólogos que o Brasil já conheceu. Por conhecer o universo
marginal e ter convivido com os chamados "excluídos" da sociedade,
Plínio foi um dos que melhor retratou o submundo em seus textos. Antes
de sua morte, em 1999, Plínio afirmou que sua obra permaneceria atual
enquanto a situação social no país não sofresse alterações profundas.
Como quem lê o futuro no tarô, ele acertou.
Seus textos continuam obrigatórios e atualizados e, em comemoração aos 70 anos de seu nascimento, a Azougue Editorial relança em edição fac-símile a encenação fotográfica de "A navalha na carne", editado originalmente em 1968. Além do texto da peça censurada e fotos do elenco original encenando a montagem, a edição de luxo conta com uma capa dura e prefácio de Pedro Bandeira. Textos de críticos da época também foram anexados à nova edição. Será possível, portanto, ler o que nomes como Décio de Almeida Prado, Anatol Rosenfeld, Sábato Magaldi, Eneida, João Apolinário e Yan Michalski escreveram a respeito da peça. Analisando com o distanciamento de mais de 30 anos, algumas críticas soam preconceituosas: numa delas, o autor classificaria o texto como bom, se os palavrões fossem retirados.
O novo livro, preserva características especiais, como as fotos. Feitas
em uma época que a manipulação era uma arte manual, são em alto
contraste, o que confere um aspecto sombrio, característico da
marginalidade da obra e do contexto em que se vivia. As fontes e o
tamanho do corpo serviram para dar ênfase às falas do gigolô Vado (Paulo
Villaça), da prostituta Neusa Sueli (Ruthnéia de Moraes) e do
homossexual Veludo (Edgar Gurgel Aranha).
Para driblar a censura. Ao reeditar o livro, a Azougue faz uma homenagem
ao seu autor e também recupera a história de sua publicação. Em 1967,
quando a peça foi censurada, a idéia de transformar o ato cênico em
livro partiu do escritor Pedro Bandeira que já acompanhava Plínio há
alguns anos. Bandeira trabalhava na Editora Senzala e sabia que a
censura era mais feroz com o cinema, jornal de teatro. "Os livros,
normalmente, ficavam fora da sanha controladora dos novos donos do
poder", conta o fotógrafo. O elenco - hoje todos falecidos - consentiu
encenar a peça enquanto eram clicados pelo fotógrafo Yoshida. Com a
direção de Jairo Arco e Flexa e trabalho gráfico do uruguaio Walter
Hüne, a "fotonovela" da peça "A Navalha na Carne" ficava pronta.
O problema maior foi achar uma gráfica que aceitasse rodar o livro. É
que pelo elevado número de palavrões, os donos de gráfica não queriam
que suas funcionárias lidassem com aquele material. Foi preciso convencer
o dono da gráfica Rossolilo a esperar as mulheres irem embora e segurar
seus funcionários depois do expediente para que eles passassem a noite
imprimindo, alceando, colando, costurando e empacotando os livros antes
que suas colegas voltassem para o trabalho.
Plínio Marcos. Nascido em 29 de setembro de 1935, Plínio Marcos de
Barros é natural de Santos. Filho de um bancário e de uma dona-de-casa,
tinha quatro irmãos e uma irmã. Foi funileiro, vendedor de livros
espíritas e, entre outras ocupações, palhaço de circo. Seu encontro com o
teatro foi intermediado por Patrícia Galvão, a Pagu, que procurava um
comediante para sua peça "Pluft, o fantasminha". Sua fase de autor
teatral começa com "Barrela", em 1959. Logo depois vieram "Dois perdidos
numa noite suja", "A navalha na carne", "Quando as máquinas param",
"Homens de papel", entre outros trabalhos. Plínio Marcos morreu de uma
complicação de diabetes no dia 19 de novembro de 1999, em São Paulo.
(Todo o texto acima, sobre o livro e sobre o Plínio, foi copiado de http://portalimprensa.com.br/cadernodemidia/noticias/2005/09/13/imprensa11115.shtml)O projeto gráfico de Walter Hüne foi inspirado no premiado trabalho de Massin, que fez a encenação gráfica da peça de Ionesco em 1964.
Pierre Mendell
Don Giovanni, Bayerisch Staatsoper
Macbeth, Bayerisch Staatsoper
The Rape of Lucretia, Bayerisch Staatsoper
Otello, Bayerisch Staatsoper
Série de cartazes para teatro feitos por Pierre Mendell. Com poucos elementos, o designer criou metáforas visuais que tornam os cartazes inesquecíveis para o público que já conhece a história das peças. Desse modo, funcionam como pictogramas que remetem a elementos da narrativa ("o trono manchado de sangue"), um personagem (Otello) ou um acontecimento específico (o estupro que dá título à peça).
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Assinar:
Postagens (Atom)