quarta-feira, 3 de março de 2010

Constança Lucas







Poemas Visuais de Constança Lucas

A poesia Visual entrou na minha vida quando tinha uns 17 anos e vivia em Lisboa, deparei-me com uma antologia de poesia visual européia, guardo esse pequeno livro até hoje, trinta e dois anos depois, pela informação nele contido, pela empatia tão profunda e pela admiração de me reconhecer nessa forma de comunicação tão intensa que é o poema visual. Duas paixões juntas - a poesia e as artes visuais.

Criei alguns poemas visuais na época e desde lá venho cada vez mais envolvida com a relação da palavra desenhada e do desenho imagem.

Faço uso o computador no processo de criação dos poemas pelas possibilidades gráficas, pela multiplicidade que dá resposta à questão da partilha, um pressuposto importante na minha poesia visual.Os meus últimos poemas visuais têm sido voltados para a reflexão dos receptáculos.Receptáculo local que acolhe, guarda, abriga, recolhe...

O frasco e a chávena são objetos tridimensionais com discursos próprios, cujas formas desenho de memória a partir do meu repertório como observadora desses objetos presentes no cotidiano privado e público da maioria das pessoas. Tenho em consideração as qualidades plásticas e gráficas da linha na construção do desenho de cada um deles. Crio sintaxes gráficas e poéticas sobre experiências visuais e espirituais.

Os desenhos dos receptáculos e os desenhos das palavras fundem-se e formam os poemas visuais.

Constança Lucas

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