quarta-feira, 23 de julho de 2008

Manoel de Andrade de Figueiredo

Nova escola para aprender a ler, escrever, & contar...
Lisboa Occidental, na Officina de Bernardo da Costa Carvalho. Não datada.

Era brasileiro o maior calígrafo português de seu tempo, um natural da capitania do Espírito Santo. Na prancha reproduzida, percebe-se o exercício de um virtuosismo da linha em movimentos ininterruptos, com arabescos abstratos integrados a figurações fantasiosas, influenciado por Morante. O texto moralizante na parte inferior da página diz: " A pena que ée mais pulida / tanto aumenta à fama a glória / que na pedra endurecida / ou na estampa mais luzida / faz mais terna a memória". A introdução da caligrafia cursiva causava espanto pela velocidade da escrita, que houve calígrafo na Península Ibérica acusado junto ao Santo Ofício, porque só tendo parte com o diabo alguém escreveria com tal rapidez.

(texto de Paulo Herkenhoff, do livro Biblioteca Nacional: a História de uma Coleção)


Um exemplar deste Manual de Caligrafia encontra-se na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

A Biblioteca Nacional de Portugal digitalizou e oferece para você baixar em várias versões.
Para baixar o manuscrito todo em pdf, clique
aqui, e fotos individuais das páginas estão aqui. (via ieda´s blog)

P.S. A Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro publicou um fac-símile deste livro, considerado o primeiro tratado de caligrafia em língua portuguesa.

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